
As primeiras sementes da Agricultura de Precisão no Brasil
Os primeiros movimentos comerciais da Agricultura de Precisão (AP) no Brasil começaram por volta dos anos 2000. Na época, a antiga distribuidora de fertilizantes Serrana, do grupo Bunge, trouxe ao Sul do país a proposta de aplicar fertilizantes com base em mapas de fertilidade gerados a partir de amostragens de solo, com a promessa de maior eficiência na adubação.
No entanto, o projeto enfrentou obstáculos: a logística era complexa, havia poucos equipamentos disponíveis (todos importados) e existia o receio de que esse modelo pudesse levar à redução no volume de fertilizantes vendidos. Com isso, a ideia foi deixada de lado.
Ainda assim, as sementes do conhecimento estavam plantadas e começaram a brotar em diferentes regiões do Brasil.
O nascimento das duas grandes escolas da Agricultura de Precisão
No interior de São Paulo, em Piracicaba, a Esalq (USP) começou a difundir no Brasil os conhecimentos trazidos por professores com formação em universidades norte-americanas. Esses profissionais introduziram conceitos ligados à mecanização agrícola e aos primeiros estudos com mapas de colheita.
Enquanto isso, no Sul do país, em Não-Me-Toque (RS), nascia em 2003 o Projeto Aquarius, reunindo fabricantes de máquinas, universidades e produtores rurais em torno de pesquisas voltadas ao desenvolvimento da Agricultura de Precisão.
Duas das principais escolas de Agronomia do Brasil, Esalq e UFSM, iniciavam, assim, uma jornada de adaptação e aprimoramento dos conceitos da AP:
- A Esalq, com foco em tecnologia embarcada e desempenho de equipamentos, especialmente mapas de colheita;
- A UFSM, com forte ênfase no manejo da fertilidade do solo e no desenvolvimento de máquinas para aplicação localizada de corretivos e fertilizantes.
Mais do que tudo, essas instituições começaram a formar uma nova geração de agrônomos especializados em Agricultura de Precisão.

O primeiro grande impulso tecnológico
Por volta de 2008, começaram a surgir no Brasil os primeiros equipamentos para aplicação da taxa variável. A empresa gaúcha Stara, parceira do Projeto Aquarius, foi pioneira ao desenvolver a primeira máquina nacional com essa tecnologia embarcada, rapidamente adotada por produtores e amplamente recomendada por profissionais formados nas duas escolas já citadas.
Até então, os mapas de colheita ofereciam apenas o mapeamento dos problemas. Com os novos equipamentos, tornou-se possível realizar correções pontuais em áreas com deficiência de calcário, fósforo, potássio e enxofre, reduzindo a variabilidade nas lavouras e aumentando a estabilidade e o potencial produtivo.
Surge a Drakkar: técnica, pesquisa e inovação
Foi nesse contexto que, em 2006, nasceu a Drakkar Solos Consultoria, reunindo três diferenciais fundamentais:
- Profundo conhecimento técnico, oriundo da Pós-Graduação em Ciência do Solo da UFSM;
- Equipe formada por ex-integrantes do Projeto Aquarius;
- Visão de futuro, com o desenvolvimento da Lavoura Online, a primeira plataforma digital de Agricultura de Precisão do Brasil.
Esses elementos foram determinantes para o sucesso da Drakkar junto a produtores de referência no Rio Grande do Sul e, posteriormente, para a expansão nacional dos seus serviços.
Influência no ecossistema de Agricultura de Precisão
Em 2012, a Drakkar lançou o Jornal Agricultura de Precisão em Foco, que circulou por oito anos como importante veículo de difusão de conhecimento técnico na área. Essa atuação levou a empresa à participação, em 2014, na Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão, junto ao Ministério da Agricultura, em Brasília.
A atuação desta comissão resultou em marcos importantes para o setor:
- 2016: Criação da ABPSAP (Associação Brasileira dos Prestadores de Serviço em Agricultura de Precisão), reunindo mais de 150 empresas;
- 2018: Fundação da AsBraAP (Associação Brasileira de Agricultura de Precisão), que conecta academia, indústria e profissionais independentes em torno da AP.
Assim, foram consolidados pilares estruturais para o avanço da Agricultura de Precisão no Brasil, dentro do contexto da Agricultura 3.0 e como ponte para a Agricultura 4.0, também conhecida como Agricultura Digital.
O futuro já começou e a Drakkar quer ser protagonista
Com espírito inovador desde sua fundação, a Drakkar se posiciona novamente como protagonista nesta nova fase. Em março de 2025, durante a Expodireto, lançamos a Lavoura Online 3.0, uma plataforma digital de última geração, com versões para Web e App. Este lançamento marca a fase 1 do Projeto Fazendas Digitais 2030, inaugurando uma nova era para os clientes atendidos pela Drakkar.
Junte-se a nós nessa jornada rumo ao futuro digital da agricultura brasileira.
A inovação contínua, com raízes profundas e visão de longo prazo.